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Juros

Juros Moratórios, Compensatórios e Compostos: Diferenças, Aplicações e Variações PARTE 02

Os juros desempenham um papel fundamental nas relações financeiras, contratuais e jurídicas, sendo aplicados para atualização de valores, penalização por inadimplência e remuneração pelo uso do capital. No entanto, sua aplicação pode variar conforme a legislação, a natureza da dívida e o período do débito. Este artigo explora as principais formas de aplicação dos juros, abordando suas bases legais e impactos nos cálculos financeiros e judiciais. 1️. Juros Baseados na Poupança O que são? Os juros da poupança são utilizados em algumas situações específicas para atualização de valores, sendo baseados na rentabilidade da caderneta de poupança. Base Legal e Aplicação De acordo com a Lei nº 12.703/2012, os juros da poupança variam conforme a taxa Selic: Se a Selic for maior que 8,5% ao ano, a poupança rende 0,5% ao mês. Se a Selic for igual ou menor que 8,5% ao ano, a poupança rende 70% da Selic. Essa taxa pode ser utilizada na: Correção de depósitos judiciais vinculados à poupança. Atualização de valores em demandas coletivas e ações civis públicas. ⚠ Erro Comum: Aplicar o Índice da Poupança (Juros + TR) em Vez dos Juros da Poupança Um erro frequente nos cálculos ocorre quando se utiliza o rendimento total

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Juros

Juros Moratórios, Compensatórios e Compostos: Diferenças, Aplicações e Variações PARTE 01

Os juros desempenham um papel fundamental nas relações contratuais e financeiras, sendo responsáveis pela compensação de perdas, estímulo ao cumprimento de obrigações e penalização de atrasos. No entanto, existem diferentes tipos de juros, cada um com uma finalidade específica e regras próprias de aplicação. Neste artigo, vamos esclarecer as diferenças entre juros moratórios, compensatórios e compostos, suas aplicações práticas e as possíveis variações dentro do ordenamento jurídico brasileiro. 1️. Juros Moratórios: Penalização pelo Atraso O que são? Os juros moratórios são aqueles aplicados como penalidade pelo atraso no cumprimento de uma obrigação. Sua finalidade é indenizar o credor pelo não recebimento do valor no prazo estipulado, funcionando como uma forma de punição ao devedor. Base Legal e Aplicação O Código Civil estabelece a aplicação dos juros moratórios nos artigos 389, 394 e 396, determinando que, em caso de inadimplemento, o devedor deve pagar juros sobre o montante devido. Podem ser estabelecidos por contrato ou, na ausência de previsão específica, são fixados de acordo com a taxa legal de 1% ao mês (artigo 406 do Código Civil, combinado com o artigo 161, §1º do Código Tributário Nacional).  Variações dos Juros Moratórios Convencionais: Definidos entre as partes por contrato. Legais: Aplicados na

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Cálculos

Lei nº 14.905/2024 – Taxa Legal: O Que é e como aplicá-la nos Cálculos?

A Lei nº 14.905/2024, sancionada em 28 de junho de 2024, trouxe uma nova metodologia para o cálculo dos juros legais aplicáveis às obrigações civis. A principal inovação foi a criação da Taxa Legal, um índice padronizado que elimina as incertezas sobre qual taxa utilizar na ausência de previsão contratual ou normativa específica. A partir de 30 de agosto de 2024, a Taxa Legal passou a ser calculada com base na diferença entre a Selic e o IPCA-15, conforme determinação do Banco Central. Essa mudança trouxe desafios técnicos para advogados, contadores e outros profissionais que realizam cálculos financeiros e jurídicos. O que é a Taxa Legal e Como Ela é Calculada? A Taxa Legal representa a taxa de juros aplicável a dívidas e obrigações civis quando não há previsão específica em contrato ou legislação. Com a alteração do artigo 406 do Código Civil pela Lei nº 14.905/2024, a nova regra estabelece a seguinte fórmula: Taxa Legal = Selic – IPCA-15 (Se o resultado for negativo, a Taxa Legal será considerada zero para aquele período.) A responsabilidade pela definição desses cálculos foi atribuída ao Banco Central, que determinou o uso do IPCA-15 em vez do IPCA tradicional para a correção monetária.

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Cálculos

EC 113/2021 e a Aplicação da Selic: Como Isso Afeta os Cálculos?

A Emenda Constitucional 113/2021 trouxe mudanças significativas na atualização de débitos judiciais, determinando a Selic como principal índice de correção e juros em determinadas situações. Para advogados, contadores e profissionais que lidam com cálculos jurídicos, compreender essas mudanças é essencial para garantir a correta aplicação da norma e evitar erros nos valores devidos. Mudanças trazidas pela Emenda Constitucional 113/2021 A EC 113/2021, promulgada em 8 de dezembro de 2021, alterou a forma de correção e juros aplicáveis às condenações contra a Fazenda Pública. A partir dessa data, a regra geral passou a ser: Antes da EC 113/2021: Correção pela inflação (geralmente IPCA-E) e juros de mora, conforme cada caso. Após a EC 113/2021: Adoção da Selic como índice único, substituindo tanto a correção monetária quanto os juros moratórios. A principal mudança é que a Selic passa a ser aplicada de forma acumulada (somada), sem capitalização. A Selic como índice de correção e juros: quando e como aplicá-la? A taxa Selic deve ser aplicada nas condenações impostas contra a Fazenda Pública. Seu uso se dá: A partir de 9 de dezembro de 2021, conforme previsto na EC 113/2021. Sempre que a União, Estados, Municípios ou suas autarquias forem condenados a pagar

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Cálculos

A Importância do Artigo 354 do Código Civil e Sua Aplicação nos Cálculos

O pagamento de dívidas pode envolver capital, correção monetária, juros e outros encargos. A forma como esses valores são amortizados ao longo do tempo pode afetar diretamente tanto credores quanto devedores. O artigo 354 do Código Civil estabelece um critério fundamental para a imputação de pagamentos, determinando que, na ausência de acordo entre as partes, os pagamentos parciais devem ser direcionados primeiro aos juros vencidos e, somente depois, ao principal. Esse entendimento foi reafirmado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) no Agravo Interno no Recurso Especial Nº 1.421.473/SP, consolidando a jurisprudência sobre o tema. Além disso, o método utilizado nos cálculos influencia diretamente no resultado. Sistemas que realizam a atualização de todo o saldo até a presente data antes da amortização favorecem o devedor, enquanto o método correto, que aplica a amortização na data de cada pagamento, beneficiando o credor, garante maior exatidão. O que diz o artigo 354 do Código Civil? O artigo 354 do Código Civil estabelece que, quando um pagamento parcial é realizado em uma dívida que inclui capital e juros, o valor pago deve ser imputado primeiramente nos juros vencidos e, somente depois, no principal. Essa regra visa impedir que os juros continuem se acumulando sem

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